Edição 1.517 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 17 – Edições 815 a 865 (out/2011 a out/2012) O fantasma das demissões em massa voltou a assombrar o jornalismo brasileiro ao longo do 17º ano de vida de Jornalistas&Cia. Ainda que em números totais a quantidade de demitidos não tenha sido tão grande quanto a de dez anos antes, quando foram registrados cerca de 700 postos fechados em apenas um ano (ver J&Cia Ano 7), ao analisarmos proporcionalmente ao tamanho das novas redações e ao número de ocorrências e de publicações atingidas fica claro que foi um dos períodos mais duros na história do setor. Foram noticiados pelo menos 20 episódios naquele período, com destaque para Folha de S.Paulo, que, somados os cortes de novembro de 2011 e de julho de 2012, enxugou sua folha salarial em mais de 15% e demitiu cerca de 50 profissionais (ed. 821 e 854); Grupo Estado, também com dois cortes que atingiram mais de 60 vagas, em especial no Jornal da Tarde (ed. 824 e 854); Grupo Bandeirantes, que promoveu demissões em suas operações no Rio de Janeiro (ed. 831 e 854) e Distrito Federal (ed. 840); e Grupo A Tarde, da Bahia, que anunciou 81 demissões e o fechamento de quatro sucursais (ed. 855 e 856). Também foram registradas demissões em Editora Globo (ed. 822), Correio Braziliense (ed. 825), Diário de S.Paulo (ed. 829), Rede Bom Dia (ed. 830), TV Cultura (ed. 837), RedeTV (ed. 838), Jornal de Brasília (ed. 840), Hoje J&Cia Ano 17: redações voltam a sofrer com cortes e o nascimento do Ranking dos +Premiados da Imprensa em Dia (ed. 846), RIT TV (ed. 852), iG (865) e EBC, que anunciou a substituição de 140 profissionais contratados, sendo 21 jornalistas, por concursados (ed. 851). Em busca de novas fontes de receita para combater a crise, a discussão sobre a adoção do modelo de paywall nos sites jornalísticos ganhou ainda mais força naquele período, inclusive com um debate sobre o tema promovido pela ANJ (ed. 860). Entre as publicações que começaram a testar o sistema estavam Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo e Lance (ed. 851). Destaque também para a TV Globo, que em uma reestruturação interna promoveu Luiz Cláudio Latgé para comandar uma nova diretoria responsável pelo desempenho do canal na internet, tendo inclusive como missão estruturar o lançamento de uma eventual plataforma de streaming de notícias (ed. 826). Foi também um período de intensa movimentação no comando de diversas redações, com destaque para as trocas de Alberto Villas por Marcelo Parada na Direção de Jornalismo do SBT (ed. 817 e 838); de José Trajano por João Palomino na Direção de Jornalismo da ESPN (ed. 819); de Tereza Cruvinel por Nelson Breve na Presidência da EBC (ed. 815, 817 e 819); de Nelson Sirotsky por Duda Melzer na Presidência Executiva do Grupo RBS (ed. 849); e de Nicolo Spina por Alexandre Caldini na Presidência do Valor Econômico. Esta última movimentação, inclusive, resultou em uma intensa dança das cadeiras na Editora Abril, com destaque
RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==