Jornalistas&Cia 1520

Edição 1.520 - pág. 3 ANOS Destaque também para a catarinense Juliana Dal Piva, que nesse encontro cobrou que os grupos de mídia dessem mais espaço às reportagens de fôlego. “Estamos vendo as empresas investirem cada vez menos em reportagens, de um modo geral”, destacou. “E o que se vê são repórteres que fazem uma, duas ou três matérias de fôlego por ano, usando o restante do tempo para o noticiário do dia a dia. A meu ver, o que pode salvar o jornalismo é a volta das grandes reportagens, a produção de conteúdo de excelência, que é o nosso diferencial”. Também integraram o time de convidados Ana Carolina Neira, hoje diretora de atendimento na TM Comunicações; Bárbara Vidal, atualmente conselheira na Rede Líderes Digitais e gerente de RH da Companhia das Letras; Camila Moura, que há anos mora na Irlanda, onde atua na área de saúde; Guilherme Zocchio, repórter freelancer e professor de língua portuguesa; Luana Copini, que segue na Oboré como gestora de projetos e é cofundadora da Ong Mães Pela Escola; Danilo Oliveira e Thales Willian, que não atuam mais no Jornalismo. Um novo momento para as agências Paralelamente às crises e oportunidades no Jornalismo, o mercado corporativo começava a viver um de seus momentos mais promissores, com o surgimento de novas agências de comunicação e a multiplicação dos investimentos de grandes grupos internacionais de PR no País. Destaque naquele período para a chegada da FleishmanHillard (ed. 971); a decisão da Ketchum internacional de assumir o controle da brasileira Ketchum Estratégia (ed. 978); as aquisições das agências Ideal e ConceptPR pela WPP (ed. 1017); e o lançamento da Zeno, nova aposta do Grupo Daniel J Edelman para o mercado brasileiro (ed. 1018). “A cidade luz” se apagou Nos primeiros dias de janeiro de 2015 um terrível atentado à redação do semanário francês Charlie Hebdo, em Paris, terminou com a morte de 12 pessoas. Delas, oito eram jornalistas que trabalhavam na manhã daquela quartafeira (7/1) na sede do jornal satírico: Charb (Stephane Charbonnier, editor-chefe da publicação), Cabu (Jean Cabut), Tignous (Bernard Verlhac), Georges Wolinski, Oncle Bernard (Bernard Maris), Elsa Cayat, Michel Renaud, Philippe Honoré e Mustapha Ourad. As imagens dos dois terroristas responsáveis pelo ataque correndo pelas ruas próximas ao jornal e executando à queima-roupa um policial que já estava caído e ferido no chão foram destaque em todo o mundo. Com uma capa toda preta, furada de balas e o título Paris não é mais a mesma (ed. 982), Jornalistas&Cia trouxe em sua edição seguinte ao ataque um resumo do ocorrido e textos analisando seu impacto na comunicação assinados por Dorrit Harazim, Ricardo Kotscho, Luciano Martins Costa e Paulo Nassar. Além disso, ao longo de suas páginas, reproduziu diversas charges e capas do jornal produzidas pelos profissionais que perderam suas vidas naquela manhã de 7 de janeiro. Três semanas após os atentados, o especial O humor como consciência Ano 20 – Edições 968 a 1.019 (out/2014 a out/2015)

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