Edição 1.528 - pág. 8 ANOS EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Em apenas duas edições, o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira já provoca uma transformação no ecossistema midiático nacional. Criado para valorizar e dar visibilidade a profissionais negros da comunicação, o prêmio ultrapassou os limites da celebração e já impacta outras premiações, como a tradicional lista dos 100+ Jornalistas Mais Admirados do Brasil, organizada por este Jornalistas&Cia. Dezenas de nomes reconhecidos em 2023 e 2024 também passaram a figurar em rankings gerais, antes marcados por baixa representatividade. Entre eles estão Adriana Couto, Aline Midlej, Basília Rodrigues, Flávia Oliveira, Maria Júlia Coutinho, Luciana Barreto e Pedro Borges, que hoje acumulam presença em ambas as listas. Segundo levantamento do J&Cia, 89 jornalistas negros foram premiados nas duas primeiras edições, incluindo vozes da TV Globo à Amazônia Real, do Estadão à mídia independente. Essa diversidade evidencia que o prêmio reconhece trajetórias consolidadas e amplia a visibilidade de novos nomes e veículos, fortalecendo o jornalismo local e periférico. Fruto da parceria entre Rede JP, 1 Papo Reto, Portal NeoMondo e Jornalistas&Cia, a iniciativa fortalece a presença de jornalistas negros em espaços de poder, inspira jovens profissionais, pressiona o mercado a rever critérios de visibilidade e estabelece uma nova régua baseada em diversidade e justiça racial. Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP e uma das organizadoras do prêmio, relembra: “Fui finalista do Prêmio HSBC de Sustentabilidade/Jornalistas&Cia com a matéria Cresce o número de empregos verdes. Aquilo foi um divisor de águas: entendi que poderia trazer um olhar mais interseccional dentro de um veículo tradicional e, mesmo assim, estar entre as melhores reportagens”. Rosenildo Ferreira, criador do site 1 Papo Reto, também organizador do prêmio e premiado em edições da série +Admirados, reforça: “O Prêmio +Admirados deu a largada na democratização do processo de reconhecimento do trabalho de jornalistas fora do mainstream, viabilizando a participação de profissionais que atuam fora do eixo Rio-SP-Brasília”. Ele recorda ainda que, no início da série, a questão racial era invisibilizada: “A noite era de festa, mas havia apenas dois afrobrasileiros entre os 100 laureados. Coube a Flávia Oliveira registrar essa falta de diversidade em sua fala”. Hoje, o crescimento da presença negra em premiações gerais indica uma mudança estrutural. Mais que celebração, o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros é uma intervenção estratégica na história da imprensa brasileira, abrindo caminho para um futuro mais diverso, justo e plural. Vale lembrar que o primeiro turno de votação no prêmio termina em 11 de setembro. Para participar, basta acessar o link de votação, preencher um rápido cadastro e fazer as indicações. +Admirados Jornalistas Negros: duas edições e um impacto histórico
RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==