Edição 1.529 - 10 a 16 de setembro de 2025 ANOS Projeto colaborativo, liderado pela Agência Pública, reuniu 17 organizações para investigar o poder das Big Techs. Pág. 10 Ricardo Kotscho receberá Prêmio IREE de Jornalismo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) premiará o colunista do UOL pelo conjunto da obra. Pág. 35 Marcelo Soares estreia coluna em J&Cia Especializado em jornalismo de dados, trará mensalmente dados e estatísticas sobre o mercado de trabalho do jornalismo e da comunicação no Brasil. Págs. 12 e 22 Foto de Pixabay: https://www.pexels.com/pt-br/foto/imagem-do-olho-da-tempestade-do-espaco-sideral-71116/
15 razões para participar do Prêmio Latino-Americano de Inovação e Excelência em PR - Troféu Jatobá PR Prêmio Jatobá PR A força do talento, a serviço da inovação e da excelência em Comunicação Corporativa 1| É o único que possui 12 categorias exclusivas para as grandes agências, 12 exclusivas para a agências-butique e outras 12 exclusivas para as organizações empresariais e públicas, além de uma categoria exclusiva para a COP30 2|É o único que possui 5 categorias exclusivas para cases da América Latina/ Espanhola 3| É o único que possui um Banco de Cases estruturado, garantindo longevidade e vitrine a todos os cases inscritos – banco já conta com mais de 1.300 cases 4| É o único onde as agênciasbutique são reconhecidas com a mesma premiação das grandes agências, sem concorrerem entre si 5| É o único onde os cases participantes são analisados por cinco jurados de diferentes áreas da comunicação 6| É o único onde a nota mais baixa, entre as cinco, é descartada, evitando injustiças e aumentando a competividade do case 7| É o único que conta com metodologia transparente de julgamento, com dez quesitos e média mínima (sete) para classificação nas shortlists 8| É o único onde os competidores podem antecipar pagamentos (beneficiando-se dos descontos) e cadastrar o case depois; ou vice-versa, antecipar a inscrição e pagar depois 9| É o único organizado por quatro empresas com tradição e larga história na comunicação corporativa do País: Boxnet, Business News, Jornalistas Editora e Mega Brasil, que compõem o GECOM 10| É o único que conta com um ecossistema de divulgação integrado por veículos como Jornal da Comunicação Corporativa, Direto da Redação, Jornalistas&Cia, Portal dos Jornalistas, mais as redes sociais das quatro empresas e de seus diretores 11| É o único que tem à disposição o mais detalhado banco de dados do segmento, abrangendo os executivos de comunicação, as agências de comunicação, as equipes das agências e das organizações, num total de 25 mil nomes de todo o País 12| É o único que tem 13 premiações especiais distinguindo Case do Ano, Organização do Ano, Cases Regionais do Ano (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) 13| É o único que busca, na montagem de sua Comissão de Julgamento, uma composição diversa e abrangente 14| É o único que atualiza anualmente o Regulamento, sempre de forma rigorosa, para acompanhar a evolução do estado da arte da atividade de PR 15| É o único que realiza sua premiação no mais sofisticado hotel do Brasil, em evento para 400 convidados Inscreva seu case num dos mais respeitados prêmios de PR da América Latina e amplie as oportunidades profissionais e de negócios. Clique aqui.
Edição 1.529 - pág. 3 ANOS ANOS 30SEMANAS em Ano 29 – Edições 1.429 a 1.479 (set/2023 a set/2024) Reputação é resultado e vice-versa Quatro anos depois de testemunhar o nascimento da CNN Brasil, quando registrou uma intensa movimentação causada a partir das cerca de 400 vagas criadas no mercado, Jornalistas&Cia destacava em seu 29º ano uma nova empreitada que prometia trazer ao País outra marca consagrada do jornalismo estadunidense. Mais uma vez sob o comando de Douglas Tavolaro, que também esteve por trás da CNN, desta vez a marca escolhida era a da CNBC, referência no jornalismo de economia, negócios e finanças. O acordo com a NBC, rede de tevê aberta dos Estados Unidos e proprietária da marca, foi anunciado em março de 2024 e previa que o novo canal levaria o nome de CNBC Times Brasil e que seu lançamento aconteceria no segundo semestre de 2024 (ed. 1451). Da divulgação inicial da notícia até a estreia de fato do canal, foram muitas semanas em que a nova operação foi destaque nas páginas de J&Cia. Dentre as notícias estavam as confirmações dos primeiros contratados para a equipe de jornalismo da emissora, que trazia nomes como Christiane Pelajo (ed. 1455), Fábio Turci (ed. 1470), Marcelo Torres (ed. 1477) e Natália Ariede (ed. 1478), a montagem de seu time executivo (ed. 1465 e 1466), a escolha de São Paulo como sede da emissora (ed. 1458) e os últimos detalhes antes da estreia, ocorrida em novembro do ano passado (ed. 1476). Outro lançamento que também movimentou o jornalismo econômico foi o de Veja Negócios, que começou a circular em abril de 2024 nas versões digital e impressa (ed. 1452). O novo projeto foi divulgado em primeira mão, e com exclusividade, em uma edição extra de Jornalistas&Cia (ed. 1451A). Além dos detalhes da nova publicação e de sua equipe, o especial teve entrevistas com o diretor editorial Mauricio Lima e com José Roberto Caetano, responsável pelo projeto. A dor de cobrir a própria tragédia As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio de 2024 também foram destaque nas páginas de Jornalistas&Cia. Assim como na pandemia de Covid, essa tragédia levou jornalistas para o olho do furacão e fez muitas vítimas, ainda que o preço pago não tenha sido o de suas vidas, mas de seus bens pessoais. Enquanto alguns dos principais telejornais do Brasil deslocaram equipes inteiras e apresentaram edições de seus programas diretamente do Rio Grande do Sul (ed. 1460), jornalistas gaúchos desdobravam-se para chegar aos locais mais atingidos do estado, enfrentando a ignorância de parte da população. A proliferação de informações falsas pelas redes sociais mais uma vez colocou profissionais de imprensa como alvo e inimigos. Ironicamente, muitos desses casos foram compartilhados e incentivados nas redes sociais por políticos e autoridades, que deveriam estar ao lado da população nesse momento tão sensível. Correio do Povo e Zero Hora, dois J&Cia Ano 29: tempo de CNBC, enchentes no RS e a imprensa no banco dos réus Douglas Tavolaro
Edição 1.529 - pág. 4 ANOS Ano 29 – Edições 1.429 a 1.479 (set/2023 a set/2024) dos jornais mais tradicionais de Porto Alegre, tiveram seus parques gráficos completamente alagados e liberaram seus paywalls para permitir a toda população o acesso aos seus conteúdos. Mesmo os jornais que seguiam imprimindo, ainda que parcialmente, suas edições enfrentavam enormes dificuldades de distribuição dos exemplares, em razão da obstrução ou destruição de mais de 150 pontos nas rodovias gaúchas. Paralelamente, o Sindicato dos Jornalistas do RS criou uma campanha nacional para ajudar os jornalistas gaúchos atingidos pelas enchentes, enquanto a Ajor ofereceu apoio psicológico para suas associadas (ed. 1461). Jornalismo no banco dos réus O 29º ano de J&Cia também deu grande destaque para as intensas disputas no âmbito jurídico envolvendo jornalistas, publicações e a própria legislação que rege e protege o setor. Um dos destaques foi o reconhecimento, pelo STF, após anos de muita luta, da existência de assédio judicial contra jornalistas e veículos de imprensa. Sede do Correio do Povo alagada O julgamento foi realizado em razão de ações apresentadas por Abraji e ABI, e a decisão, tomada de forma unânime, considerou inconstitucional o uso de múltiplas ações judiciais para intimidar ou dificultar o exercício da imprensa. Segundo a tese do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do STF, uma vez caracterizada essa prática as ações poderiam ser reunidas no mesmo foro. (ed. 1429, 1432 e 1463). Em outro caso que afetava o setor como um todo, STF julgou e aprovou a tese inicial sobre a responsabilização de jornais pelos crimes de injúria, difamação ou calúnia em declarações feitas por entrevistados. A Abraji foi uma das entidades que recorreu da decisão, que ganhou novos capítulos nos meses seguintes (ed. 1436, 1439 e 1453). Além desses dois julgamentos, algumas aberrações jurídicas atingiram publicações e profissionais no exercício de suas profissões. Em um dos casos, a Justiça do Distrito Federal determinou a retirada de dois conteúdos da Agência Pública que repercutiam acusações que a ex-esposa de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, fez contra ele. Com isso, foram retirados do ar um episódio do podcast Pauta Pública e a coluna de Marina Amaral, diretoraexecutiva da Pública, publicada em 24 de junho de 2023 (ed. 1444). Mas o caso que mais chamou a atenção envolveu a catarinense Schirlei Alves, condenada pela justiça de Santa Catarina a um ano de prisão em regime aberto e a pagar R$ 400 mil a Caso Mari Ferrer evidenciou o machismo e a misoginia do sistema judiciário brasileiro
Edição 1.529 - pág. 5 ANOS Ano 29 – Edições 1.429 a 1.479 (set/2023 a set/2024) um juiz e a um promotor. A repórter foi responsável por publicar o caso que mostrou os ataques proferidos contra a influenciadora digital Mari Ferrer durante um julgamento no qual era vítima de estupro (ed. 1436). Após a repercussão do caso, relatoras da ONU ligadas aos diretos das mulheres chegaram a enviar uma carta ao Estado brasileiro na qual pediam a anulação dos processos (ed. 1456). Pelas redações... Entre as movimentações e trocas de comando de algumas das principais redações brasileiras, Jornalistas&Cia destacou a saída de Teresa Navarro da Agência Estado após 18 anos e sua substituição por Márcio Rodrigues (ed. 1430); o desligamento de Hélio Doyle da presidência da EBC após posts sobre Israel (ed. 1432), e a chegada semanas mais tarde de Jean Lima para assumir o posto (ed. 1441); José Occhiuso, diretor nacional de Jornalismo do SBT, deixando a emissora e sendo substituído por Luiz Alberto Weber (ed. 1460); e as chegadas de novos CEOs em Infomoney (ed. 1455), Estadão (ed. 1467) e Grupo Lance (ed. 1471) Destaque também para a saída de Vicente Nunes do Correio Braziliense, que, vivendo em Portugal, assumiu um novo projeto voltado ao público brasileiro (ed. 1466); e para movimentações envolvendo os nomes de Valmir Salaro (ed. 1430), Natalie Gedra (ed. 1431), Juliana Dal Piva (ed. 1437), Luciana Barreto e Carla Jimenez (ed. 1440), Nelson Motta (ed. 1442), Milton Neves (ed. 1442), Amandi Audi e Ivo Ribeiro (ed. 1445), Andreza Matais e Leonêncio Nossa (ed. 1446), Renata Agostini, Thaís Arbex e Cleide Silva (ed. 1447), Téo José (ed. 1450), Paulo Andrade (ed. 1451 e 1456), Percival de Souza (ed. 1456), Milton Leite (ed. 1456 e 1474), Raquel Landim (ed. 1460) e Carol Barcellos (ed. 1477). E relembrando alguns nomes que nos deixaram naquele período, destacamos as mortes de Carlos Amorim e Sandro Rego (ed. 1433), José Antonio Llorente (ed. 1442), Claudio Tognolli (ed. 1451), Roberto Godoy (ed. 1455), Ziraldo (ed. 1456), Afonso Monaco (ed. 1457), Paulo Totti (ed. 1459), Silvio Luiz e Antero Greco (ed. 1461 e 1462), Daniel Japiassu Lins (ed. 1462), Roberto Müller Filho (ed. 1464), Floreal Rodrigues (ed. 1465), Ricardo Castilho (ed. 1466), Sergio Cabral (ed. 1470), Sinval de Itacarambi Leão (ed. 1473), Silvio Santos (ed. 1475), Fabio Seródio (ed. 1475) e Dinaura Landini (ed. 1477). EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação A Repcone – Rede de Proteção Digital para Comunicadoras Negras, Indígenas e Quilombolas recebe inscrições até 17 de setembro. A formação, totalmente gratuita, oferece capacitação em cibersegurança, rede de acolhimento psicossocial, apoio jurídico em casos de ataques, materiais educativos exclusivos e conexão com comunicadoras de toda a América Latina. São 50 vagas disponíveis. Inscreva-se! Inscrições abertas!
Edição 1.529 - pág. 6 ANOS SEGUROS em DESTAQUE Patrocínio A MAPFRE, companhia global de seguros e patrocinadora oficial da CONMEBOL Libertadores, vai transformar cada gol marcado na edição da competição deste ano em uma ação de restauração ambiental. Desde a fase preliminar, iniciada em 4 de fevereiro, até a grande final, em novembro, em Lima (Peru), cada bola na rede representará o plantio de três mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Ao final do torneio, a estimativa é que mais de 1.600 mudas sejam plantadas, volume suficiente para recuperar um hectare, área equivalente a um campo de futebol. Esse número foi calculado com base na média histórica de gols da competição e no tamanho da área destinada à recuperação. O plantio ocorrerá no Parque Estadual do Jurupará, no Vale do Ribeira, em São Paulo, região que concentra a maior área contínua de Mata Atlântica do País e é reconhecida pela diversidade de fauna e flora. Fátima Lima, diretora de Sustentabilidade da MAPFRE, afirma que a vinculação ao número de gols aproxima o torcedor da causa ambiental: “É uma métrica simples de acompanhar e que conecta a emoção do futebol a um impacto ambiental concreto. Mesmo que o placar final seja menor que o estimado, vamos plantar as 1.600 mudas, pois o objetivo é restaurar a área, não apenas contabilizar gols. Queremos aproveitar a visibilidade da nossa marca na CONMEBOL Libertadores para gerar um legado positivo e associar a paixão do futebol a causas que importam para toda a sociedade”, concluiu. A Câmara dos Deputados foi palco de uma audiência pública que destacou o papel do setor segurador frente aos impactos das mudanças climáticas. Realizada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a audiência destacou o setor como parceiro estratégico na construção da resiliência econômica e social do País diante dos danos causados eventos climáticos. Além do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, participaram da audiência o diretor do IRB (RE), João Rabelo; o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani; o secretário Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Aloisio Melo; a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda (MF), Cristina Fróes; e o CEO Brasil da Guy Carpenter, Pedro Farme D’Amoed. Para acompanhar a audiência, a CNseg levou alguns dos principais jornalistas especializados na cobertura do setor de seguros, como rádio Bandeirantes do Rio Grande do Sul, Revista Cobertura, CQCS, Revista Insurance Corp e portal JRS. Audiência pública debate papel do setor segurador na resiliência no País MAPFRE faz ação de sustentabilidade durante CONMEBOL Libertadores
Edição 1.529 - pág. 7 ANOS Randolpho de Souza não é só um dos mais longevos jornalistas em atuação no País, mas é também um dos mais influentes setoristas do mercado de seguros. Aos 85 anos, dos quais 62 dedicados ao jornalismo, o decano da cobertura securitária segue ativo no Monitor Mercantil, onde mantém há quase três décadas uma página semanal dedicada ao setor, unindo memória histórica, análise e defesa da educação em seguros. Não há exagero em dizer que o seguro está em seu DNA profissional. Afinal, antes do jornalismo, ele trabalhou, por dois anos, na área de inspeção de sinistros do grupo segurador SulAmérica, incorporando o background presente em seus textos. Desistiu da carreira securitária para ingressar na Faculdade de Comunicação. Não chegou a concluir o curso, mas aprendeu o suficiente para, em 1963, ingressar nos quadros do Jornal do Commercio. Testemunha ocular da ditadura, da redemocratização, de planos econômicos malsucedidos até a chegada do Real, além do esvaziamento econômico do Rio de Janeiro, que chegou a ter cerca de 600 instituições financeiras, de crédito, de seguros, corretoras e afins. Décadas de histórias de seguros recontadas em 62 anos de carreira, tudo registrado nas páginas do Jornal do Commercio, no qual as coberturas eram divididas com o jornalista Alberto Salino, e na editoria de seguros do Monitor Mercantil, que contava também com uma coluna do jornalista Jota Garcia. Nos dois veículos, o tom permanente foi destacar um setor que, antes de proteção de vida e patrimônio, “representa ganho de qualidade de vida, por abrir espaços para cultivar as relações pessoais, intensificando-as, ao deixar a cargo das seguradoras as preocupações mais terrenas”. É por isso que ele acredita que a educação securitária é tão estratégica que deveria, como mostram as ações mais recentes, fazer parte do currículo escolar desde a tenra infância. “Sim, educai as crianças para não desassistir os adultos!” Recado dado, Randolpho de Souza. Nas entrelinhas do seguro Randolpho de Souza 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. No artigo desta semana. Álvaro Bufarah mostra que, em 2025, o áudio vive um momento de grande força no Brasil, reunindo rádio, streaming, podcasts e aplicativos. A pesquisa Inside Audio 2025, da Kantar Ibope Media, revela que o rádio continua sendo a principal porta de entrada para esse universo, mas agora em convívio com as plataformas digitais. O consumo é híbrido e não linear, combinando ao vivo, sob demanda e formatos personalizados. A publicidade em áudio destaca-se pela proximidade e pela força emocional, gerando maior confiança e lembrança entre os consumidores. A digitalização permitiu ao rádio expandir-se para smart speakers, apps e streaming, ampliando seu alcance e competitividade. A diversidade de conteúdos vai de música a podcasts de notícias, true crime e humor, refletindo a variedade cultural do País. A mensagem central é que o áudio, mais do que formato, tornou-se linguagem de proximidade e confiança, e o rádio segue protagonista nessa nova fase, unindo tradição e inovação. Leia a íntegra no Portal dos Jornalistas. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
Edição 1.529 - pág. 8 ANOS Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia Parceiro de conteúdo Esta semana em MediaTalks Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. O Global Media Monitoring Project (GMMP) 2025, realizado com apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), divulgado em 5/9, em Bruxelas, revelou que a representação das mulheres na mídia permanece estagnada: elas são personagens ou fontes em apenas 26% das notícias veiculadas globalmente. O GMMP monitora a presença de gênero na mídia desde 1995. Em 2025, a coleta de notícias que deu origem ao relatório foi realizada em 6 de maio, com participação de comunicadores em mais de 100 países. Eles analisaram o noticiário de veículos impressos, televisão, rádio e plataformas digitais. O crescimento na representação feminina nas notícias foi de apenas nove pontos percentuais em 30 anos e de apenas dois pontos nos últimos 15 anos. A presença de mulheres é maior em notícias sobre ciência e saúde (36%), com aumento de seis pontos em relação a 2020. Já em áreas como política (22%) e economia (25%), os avanços foram modestos. E houve queda na representação em temas sociais e legais. A participação de mulheres como personagens ou fontes nessa cobertura recuou de 31% para 27%. O estudo mostra que as mulheres continuam sendo representadas com maior frequência em papéis considerados cotidianos ou secundários: cidadãs comuns, celebridades, donas de casa ou testemunhas de fatos registrados pela imprensa. A visibilidade como especialistas, porta-vozes ou lideranças é rara, mesmo com maior participação feminina em espaços de poder e profissões de destaque. Um dado positivo é que jornalistas mulheres assinaram 41% das reportagens analisadas em 2025, avanço importante em relação aos 28% de 1995. Além disso, repórteres mulheres tendem a incluir mais mulheres como fontes: 29% nas reportagens feitas por elas, contra 24% nos textos assinados por homens. Leia mais sobre a pesquisa em MediaTalks. Unesco: metade da população global, mulheres seguem como minoria nas notícias Google tomou mais uma multa na UE: entenda os processos contra a gigante das buscas pelo mundo. Leia mais Além das redes: novas proteções no ChatGPT refletem associação da IA com suicídio de jovens. Leia mais Se o diabo veste Prada, o novo santo calça Nike: canonização do influencer Carlo Acutis une fé e marketing. Leia mais
Edição 1.529 - pág. 9 ANOS Últimas n Termina nesta quinta-feira (11/9) o primeiro turno do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. A iniciativa, promovida por Jornalistas&Cia em parceria com os sites Neo Mondo e 1 Papo Reto e com a Rede JP – Jornalistas Pretos, chega à sua terceira edição com o objetivo de reconhecer o trabalho de profissionais e veículos que se destaquem na cobertura do tema e na atuação de profissionais negros em suas equipes. u São duas as fases de votação. Nesta primeira, de livre indicação, os eleitores podem escolher até cinco candidatos por categoria. Os nomes mais citados classificam-se para o segundo turno, de votação dirigida, em que os eleitores selecionarão seus favoritos ranqueandoos do 1º ao 5º colocado. Para participar, basta acessar o link de votação, preencher um rápido cadastro e fazer as indicações. u A cerimônia de premiação, marcada para 10 de novembro, será na Câmara dos Vereadores de São Paulo e reunirá jornalistas homenageados de todas as regiões do Brasil. A iniciativa conta com os patrocínios de Unilever e Uber e apoios da GSS Carbono e Bioinovação e da 2Live. Empresas interessadas em associar suas marcas à premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@ jornalistasecia.com.br e 11-99244-6655). Último dia para votar no 1º turno dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira 2025 Vem aí a edição especial dos 30 anos de J&Cia! Vai circular na última semana de setembro! Com o noticiário normal e a cobertura completa da festa de entrega do Prêmio Anuncie e venha comemorar conosco! 100 Admirados JORNALISTAS Brasileiros ANOS Fale com Silvio Ribeiro pelo 19-97120-6693 (Whap) ou [email protected]
Edição 1.529 - pág. 10 ANOS Últimas n A newsletter semanal Cartas Marcadas, do Intercept Brasil, denunciou nesta semana uma série de restrições que os jornalistas estão enfrentando para atuar na cobertura da Câmara dos Deputados. O texto, produzido pelo editor Paulo Motoryn e pelo repórter Thalys Alcântara, trouxe detalhes de como o deputado federal Hugo Motta, está criando barreiras físicas para limitar o trabalho de jornalistas e blindar sua atuação como presidente da Câmara dos Deputados. u No final de agosto o parlamentar já havia criado um corredor exclusivo com cavaletes para que caminhasse isolado dos jornalistas, além de montar um cercadinho para distanciá-los da cobertura de reuniões. As medidas rompem o direito de os jornalistas circularem livremente dentro da Câmara, impedindo que a imprensa questione os parlamentares sobre as pautas da casa. u A limitação teria ocorrido depois que Motta foi questionado pelo repórter Maniel Marçal, do Metrópoles, sobre um esquema de “rachadinhas” que funcionaria dentro de seu gabinete. O deputado ignorou as perguntas do repórter, que chegou a ser empurrado com truculência por seguranças para longe do parlamentar. u Na semana passada, uma barreira de seguranças também foi criada para impedir que a imprensa se aproximasse – e perguntasse, por exemplo, sobre o avanço da pauta da anistia. u Ainda sobre a Cartas Marcadas, a newsletter lançada há menos de três meses já enfrenta seu primeiro processo de censura. Por decisão do juiz Felipe Agrizzi Ferraço, da 2ª Vara Cível da Comarca de Imbituba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a plataforma foi obrigada a remover o conteúdo de sua edição de 12 de agosto. “A reportagem censurada envolve pessoas que ocupam cargos como servidores públicos na elite do funcionalismo público federal”, explica Paulo Motoryn. “Ela foi feita como manda o jornalismo: com base em documentos oficiais, dados públicos, apuração em campo e entrevistas – inclusive com a pessoa que pediu a censura à justiça”. Imprensa enfrenta restrições na cobertura na Câmara dos Deputados n Foi lançada em 9/9 a primeira parte da série A mão invisível das Big Techs. Ao longo de nove meses, 17 organizações de jornalismo, lideradas pela Agência Pública e pelo Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP), investigaram e produziram reportagens sobre as estratégias de influência das chamadas Big Techs na política de 13 países. u A investigação colaborativa e transfronteiriça conseguiu identificar quase três mil ações de lobby envolvendo o setor realizadas em parlamentos e governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, onde foi responsável por barrar o PL das Fake News. u Além da Pública, participaram pelo Brasil ICL Notícias e Núcleo, que se juntaram às organizações Crikey (Austrália), Cuestión Pública (Colômbia), Daily Maverick (África do Sul), El Diario AR (Argentina), El Surti (Paraguai), Factum (El Salvador), Investigative Journalism Foundation – IJF (Canadá), LaBot (Chile), LightHouse Reports (Internacional), N+Focus (México), Primicias (Equador), Tech Policy Press (EUA) e Tempo (Indonésia). O projeto tem o apoio da Repórteres Sem Fronteiras e da equipe jurídica El Veinte, e identidade visual da La Fábrica Memética. Projeto colaborativo reuniu 17 organizações para investigar o poder das Big Techs
Edição 1.529 - pág. 11 ANOS n Profissionais de jornais e revistas de São Paulo realizaram nesta quarta-feira (10/9), das 16h às 18h, uma paralisação contra o descumprimento de acordos relacionados a reajustes salariais negociados na campanha da categoria na capital paulista. u De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), profissionais de Editora Globo/Valor Econômico, Estadão, Folha de S.Paulo e Editora Abril aderiram à paralisação. Em comunicado, a entidade afirmou que as empresas jornalísticas demonstraram “enorme intransigência em negociar reivindicações absolutamente justas e razoáveis da categoria”. u O Sindicato explicou ainda que, na semana passada, em decisão unilateral, as direções dos veículos realizaram uma antecipação dos reajustes salariais, desconsiderando o processo de negociação estabelecido nos últimos meses: Jornalistas com salários até R$ 13 mil receberam reajuste pela inflação, de 5,2%, enquanto profissionais com vencimentos acima desse valor tiveram aumento fixo de R$ 700. O SJSP informou que a decisão, considerada um “golpe” contra a negociação, foi amplamente rejeitada pela categoria. Demissões u O SJSP e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informaram que o Estadão dispensou ao menos três profissionais às vésperas da paralisação. As entidades exigirão a revogação imediata das demissões: “As alegações dos patrões de que tais cortes de pessoal são necessários para que a empresa consiga ‘bancar’ financeiramente o modesto reajuste antecipado pelo sindicato patronal para desmobilizar a categoria (que se resume à reposição da inflação do período) são falsas e inconsistentes: não convencem ninguém”. Jornalistas de São Paulo fizeram paralisação nesta quarta-feira (10/9) n Foram definidos os finalistas do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar 2025. Em sua quinta edição, a iniciativa do Einstein Hospital Israelita, com organização deste J&Cia, tem como objetivo valorizar e reconhecer o trabalho de profissionais e publicações que atuam na cobertura desses temas, tão essenciais para a sociedade. u Com a conclusão do primeiro turno, 112 jornalistas e 72 veículos seguem na disputa, agora, para figurarem entre os +Admirados do Ano em suas respectivas categorias. Destes, 66 profissionais concorrem a uma vaga entre os TOP 25+ Admirados Jornalistas, 60 disputam as categorias regionais e 24 as especiais (Colunista e Jornalista Especializado em Ciência). Já entre as publicações, 72 disputarão uma vaga entre os TOP 3 mais votados nas categorias Agência de Notícias, Áudio (Programa de Rádio/Podcast), Jornais e Revistas (Impresso ou Digital), Programa ou Quadro de TV, Veículo Especializado em Saúde, Veículo Especializado em Jornalismo Científico e Site/Portal. u Na segunda fase, que teve início em 9/9 e segue aberta até 19 de setembro, os eleitores poderão selecionar, do 1º ao 5º colocado, seus profissionais e publicações favoritos em cada categoria. Para participar do segundo turno, basta acessar a cédula de votação e preencher um rápido cadastro. u Confira a edição com os finalistas! Prêmio Einstein define finalistas Últimas
Edição 1.529 - pág. 12 ANOS n Estreia nesta edição de J&Cia a coluna J&Cia Mercado de Trabalho, assinada por Marcelo Soares, fundador do Lagom Data, que trará mensalmente dados e estatísticas sobre o mercado de trabalho do jornalismo e da comunicação no Brasil (ver pág. 22). Especializado em jornalismo de dados, Marcelo vai apresentar informações essenciais para entender as transformações do setor ao longo dos anos, incluindo movimentações, crescimento de vagas fora de redações, participação de mulheres e pessoas negras, “pejotização” do trabalho, entre outros. Na coluna de estreia, ele faz uma análise sobre as transformações do mercado formal de trabalho de jornalistas no Brasil nos últimos 30 anos, desde 1995. u Jornalista e professor baseado em São Paulo, Marcelo é especializado em jornalismo de dados e análise de estatísticas. Trabalha desde os anos 1990 com foco em análise de dados, sendo um dos pioneiros da imprensa brasileira no setor. Trabalhou em importantes projetos estatísticos, como o Excelências, um grande banco de dados de perfis de parlamentares, feito a partir da raspagem de dados públicos, que venceu o prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa. Na Folha de S.Paulo, foi o primeiro editor de desenvolvimento de audiência da imprensa brasileira, trabalhando com dados da audiência do jornal para melhor entender os leitores. Foi um dos fundadores e o primeiro gerente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). u Em 2016, deixou o dia a dia das redações e passou a prestar consultorias e dar cursos sobre análise de audiência e análise de dados. Como professor, lecionou sobre jornalismo de dados em diversas universidades do País. Também deu aulas sobre análise de dados para tradicionais veículos do Brasil. Ganhou diversos prêmios: além do Esso, venceu dois Editora Globo, em Infográfico e Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; Grande Prêmio Folha de Jornalismo; Grande Prêmio Líbero Badaró; Grande Prêmio José de Alencar CNI de Jornalismo; SIP em Cobertura Multimídia; Wash Media Awards na categoria Água e Energia; e Synapsis FBH em Impresso. u Marcelo conversou com J&Cia sobre a coluna e a importância desses dados para o mercado da comunicação. Leia a íntegra: Marcelo Soares estreia coluna no J&Cia com dados sobre mercado de trabalho da comunicação Marcelo Soares Jornalistas&Cia − Fale um pouco sobre como será o seu trabalho na coluna. Que tipo de dados você trará mensalmente no espaço? Marcelo Soares − A ideia central é esmiuçar os dados de emprego das ocupações de jornalistas e entender tendências por atividade, região e demografia: contratações, demissões, salários e outras. Esses dados do mercado de trabalho têm uma limitação básica: eles se referem apenas ao mercado formal, com carteira assinada, algo cada vez mais raro. Também vou observar outras fontes de dados, sempre nessa mesma linha de tentar entender em que pé está o mercado de trabalho para os jornalistas nestes tempos que vivemos. Não existe lugar melhor para publicar estas análises do que o J&Cia, que sempre foi a melhor fonte para acompanhar as idas e vindas dos profissionais individuais. J&Cia − Qual a importância dessas informações para o mercado do jornalismo e da comunicação no Brasil? Marcelo − Os últimos dez, quinze anos foram uma época de rápidas e profundamente estruturais mudanças no mercado de trabalho dos jornalistas. A profissão multiplicou suas especializações e perdeu as trajetórias tradicionais de carreira. Vivemos tempos de “pejotização” e, como já brincou um ex-chefe meu, “uberização” profissional dos jornalistas. Já observo esses dados há bastante tempo, mas aqui vou procurar fazer isso conversando com o público e tentando aprofundar e problematizar a forma como entendemos essas tendências. J&Cia − Conte como tem sido nos últimos anos o seu histórico de trabalho neste campo de dados sobre o mercado da comunicação. Algum tópico interessante que valha destaque com base em suas observações? Marcelo − As classificações usadas para fins estatísticos oficiais já não funcionam para descrever, por si, a dinâmica do mercado de trabalho. Além da “pejotização” e informalização, as próprias atividades no jornalismo mudaram rapidamente. Mas, como eu sou um profissional anfíbio, que nada nos dados e corre na investigação, gosto de conhecer as limitações dos dados disponíveis para tentar procurar outras maneiras de qualificar a informação. J&Cia − Um dos temas do momento certamente é a inteligência artificial e seus impactos em diversas áreas, incluindo o jornalismo e a comunicação. Nacionais
Edição 1.529 - pág. 13 ANOS n O World Congress of Science & Factual Producers (WCSFP 2025), congresso internacional focado em documentários e produções de mídia sobre ciência e história, será sediado pela primeira vez em uma cidade da América do Sul. A 33ª edição do evento será realizada no Rio de Janeiro, 8 a 11 de dezembro. O congresso está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, com o apoio do Instituto Serrapilheira. u O evento reunirá especialistas e produtores de todo o mundo para debater as últimas tendências e tecnologias que podem ajudar a contar histórias focadas em ciência, história e outros assuntos essenciais, e como levar este conteúdo para o grande público. Ao longo dos quatro dias, serão abordados temas como Inteligência Artificial, Economia Criativa e plataformas digitais. u Inscreva-se aqui. Rio de Janeiro é a primeira cidade da América do Sul a sediar o World Congress of Science & Factual Producers Kyle Loftus/Unsplash Credenciamento gratuito até 12/9 n Estão abertas até sexta-feira (12/9) as inscrições para o Global Career Accelerator, programa de desenvolvimento de talentos que visa a auxiliar profissionais em início de carreira com credenciais gratuitas para o congresso. Os selecionados terão ainda acesso a oportunidades de networking, mentorias personalizadas e descontos para as edições de 2026 e 2027. u Confira mais informações e inscreva-se no programa aqui. Você falou sobre isso no debate da ESPM sobre Jornalismo Investigativo. Mas, por favor, discorra mais sobre como enxerga o uso dessa tecnologia e como ela afeta (positivamente ou não) o mercado da comunicação. Marcelo − Um pressuposto fundamental a lembrar quando se trata de tecnologia é a primeira lei de Kransberg: a tecnologia não é por si boa e nem má − e tampouco é neutra. Ela sempre altera o ambiente de acordo com os objetivos de quem a usa. A inteligência artificial generativa facilita demais a agilização de trabalhos auxiliares ao jornalismo, como revisão, geração de sugestões de títulos, extração de nomes citados em textos etc. Ela é uma evolução da lógica, que melhorou a tradução digital, que trabalha fundamentalmente com a forma do texto. Para trabalhar com informação, é preciso checar bem, pois é imprevisível onde vai aparecer um erro. Acho temerário usar IA generativa para trabalhar com fatos sem checar profundamente o relatório. O certo é que sempre vai aparecer algum erro. Mas a tecnologia também facilita muito a simulação de linguagem para fins enganosos, em escala, e pode facilitar a vida de quem tem mais preocupação com custo do que com a veracidade, o que potencialmente significa cortes de pessoal. Em outras ocupações, como a de programadores, tem sido observada uma situação de alta demanda por profissionais especializados e cada vez menor demanda por iniciantes. Na comunicação pode acontecer a mesma coisa. Mas, se o mercado dos principiantes for muito desidratado, como eles se tornarão profissionais mais experientes daqui a dez anos? No final, tudo depende das decisões que forem tomadas. Elas podem ser boas. J&Cia − Com base em suas análises do mercado de trabalho desses últimos 30 anos, podemos ficar esperançosos com o futuro ou receosos com o que vem por aí? O saldo é mais positivo, negativo ou neutro? Marcelo − O cenário que aparece é de queda no mercado mais tradicional. Ao mesmo tempo, existe um crescimento pujante de um mercado semiprofissionalizado que vem se profissionalizando, com ocupações em torno dele. Quem está lendo esta entrevista provavelmente já exerce ou é colega de alguém que exerce uma atividade que não existia quando decidimos entrar na profissão. Esse futuro está sendo construído, e cada tijolo está em nossas mãos. Nacionais
Edição 1.529 - pág. 14 ANOS AGRO Patrocínio n Há um ano e meio na TV Globo, período em que passou pelas equipes de Globo Rural, Fantástico e Bom Dia Brasil, Daniel Mota passou a integrar permanentemente o time do Globo Rural. “Sou muito grato a todos os colegas e líderes que me ajudaram a crescer e aprender em cada uma dessas redações”, destacou o profissional, que também teve passagens por TV Cultura, Record TV e CNN Brasil. “Agora sigo animado para contar histórias do campo, do agronegócio, das comunidades rurais e do Brasil profundo − temas que sempre me inspiraram”. n O Agro Resenha Podcast, criado e comandado há oito anos por Paulo Ozaki (65-9900-8973), e a Rural, empresa especializada em investimento, conteúdo, educação e relacionamento entre corporações, startups, produtores, hubs e investidores do agronegócio, acabam de lançar a Rural Mídia. u A empresa nasce com a missão de comunicar o setor de forma ampla, estratégica e integrada, produzindo conteúdo em diversos formatos para conectar o campo à cidade e impulsionar o crescimento sustentável do agronegócio a partir da inovação. u “O Agro Resenha nasceu do desejo n Após pouco mais de um ano atuando como editora executiva no Canal Rural, Luíza Cardoso Costa despediu-se da emissora para assumir um novo desafio profissional. A partir deste mês ela é a nova chefe de Comunicação Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo. “A vida é sobre correr atrás dos nossos propósitos, de encarar novos desafios. Agora chegou o momento de me entregar às oportunidades e criar bagagem, sempre dentro do setor que eu amo: o agronegócio”, explicou Luíza em postagem no LinkedIn. n Novidades também no time da revista e site Globo Rural, que acaba de ganhar o reforço de Daniel Azevedo Duarte. Diretor de Relações Internacionais da Rede Brasil de Jornalistas Agro (Agrojor), ele teve passagens por Agrofy, Canal Rural e revistas Superinteressante e Aventuras da História. Globo Rural: Daniel Mota é o novo produtor do programa... Daniel Mota ...e Daniel Duarte reforça a equipe da revista e site Luíza Cardoso Costa assume a Comunicação da APTA Daniel Duarte Luíza Cardoso Costa Agro Resenha e Rural unem forças para criar novo grupo de mídia
Edição 1.529 - pág. 15 ANOS de dar voz às pessoas que fazem o agro acontecer e mostrar a realidade do setor de um jeito autêntico. Com a Rural Mídia, elevamos essa missão a um novo patamar”, explica Ozaki, que com a movimentação passa a atura como sócio também da Rural. “Vamos unir forças para criar uma plataforma robusta que não só informa, mas também fortalece todo o ecossistema do agronegócio, desde o produtor até as grandes corporações”. u A Rural Mídia já inicia suas operações com um portfólio de três produtos principais: a Rede Rural de Podcasts, que agregará atrações independentes e corporativas do setor; a Rural Produções, especializada em conteúdo full-service; e o Rural Evolution, programa de vídeo multiplataforma que materializa o conceito de “cerca digital”. n O repórter Pedro Nakamura, do site O Joio e O Trigo, que investiga a alimentação e sua relação com política, cultura, sociedade, economia e história, foi hostilizado na semana passada pelos deputados federais Marcelo Moraes (PLRS) e Rafael Pezenti (MDB-SC), durante a cobertura da Expointer, principal feira de agronegócio do Rio Grande do Sul. u Durante um seminário sobre a indústria do tabaco, os parlamentares direcionaram ataques e discursaram contra a atuação de Nakamura e do site. Após criticar uma reportagem veiculada pela publicação, Moraes ficou insistindo para que Nakamura se identificasse e ficou apontando para o local onde o repórter estava. u Na sequência, Pezenti juntou-se aos ataques: “Que legal que o Marcelo falou sobre O Joio e O Trigo. Porque eu falaria também. Muito obrigado pela sua presença. Tomara que tenha vindo o trigo. Porque até hoje eu só vi o joio”. u Em nota, O Joio e O Trigo solidarizouse com o repórter e lamentou os ataques dos parlamentares, que classificou como “uma clara tentativa de constrangimento à presença dos nossos profissionais em espaços de debate sobre a cadeia do fumo”. Confira mais detalhes no Portal dos Jornalistas. Censura – Além dos ataques sofridos durante a Expointer, O Joio e O Trigo está enfrentando censura em um de seus conteúdos. No final de agosto, o Tribunal de Justiça de Rondônia determinou que a plataforma retire do ar uma reportagem sobre desmatamento e a indústria da carne, publicada em janeiro deste ano. A decisão, de caráter liminar, determinou que o veículo tire o texto de seu site, das redes sociais e de todos os espaços de publicação. O caso corre em segredo de Justiça. O Joio e O Trigo sob ataque e censura Deputado Marcelo Moraes ataca O Joio e O Trigo na Expointer E mais... n O Portal da Comunicação divulgou os homenageados da 11ª edição do Prêmio Especialistas. Na categoria Agricultura seguem na disputa pelo prêmio principal Sidnei Maschio (Terraviva), Cassiano Ribeiro (Globo Rural/ Valor Econômico), Aleksander Horta (Notícias Agrícolas) e Virgínia Alves (EPTV); e em Pecuária, os finalistas são Fabiano Reis (Canal do Boi), Pedro Costa (Terraviva), Vera Ondei (Forbes Brasil) e Viviane Taguchi (Grupo Bandeirantes). A votação fica aberta até 14/9 pelo https://pesquisascecom.com. br/votacao/especialistas. n Vitorya Paulo começou na Giusti Creative PR como especialista em Comunicação para o Agro no núcleo de atendimento à Syngenta. Ela estava há três anos na Máquina CW, atuando no atendimento à Basf. Vitorya Paulo
Edição 1.529 - pág. 16 ANOS Movimento bstory Acaba de ultrapassar 100 integrantes o Conselho Maestro criado para ser a espinha dorsal do Movimento bstory – A experiência que transforma, iniciativa liderada pelos irmãos Paulo Marinho e Daniel Marinho, com apoio do Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom), o mesmo que organiza o Prêmio Jatobá PR. Idealizado para atuar na defesa da geração 50+ e da diversidade geracional, a partir de iniciativas focadas na valorização das pessoas e que estejam em sintonia com a causa da longevidade profissional, o Movimento bstory tem como ponto de partida o Prêmio bstory – A experiência que transforma, que distinguirá profissionais e iniciativas em defesa da luta antietarista. São 15 categorias abrangendo os mais de 40 setores da atividade econômica e social, que estarão sob o crivo do Conselho Maestro, por meio dos subgrupos, dele nascidos, denominados Conselhos Orquestrais. Para conhecer mais sobre o Movimento bstory, clique aqui. Interessados em apresentar iniciativas para concorrer à premiação podem enviar mensagem para o e-mail [email protected]. Os novos conselheiros Confira aqui os 17 novos integrantes do Conselho Maestro do Movimento bstory, que até o fechamento desta edição contabilizava 103 integrantes: Amanda Brum, Andrea Tornovsky, Cândida Silva, Claudia Vassallo, Cristina Barude, José Luis Ovando, Marcelo Billi, Marco Antonio Sabino, Maria Claudia Bacci, Mariana Trindade Culpi, Mauro Wainstock, Nêmora Reche, Patrícia Ávila, Roberta Lippi, Rosana Aguiar, Rosenildo Gomes Ferreira e Sônia Mitaini. Conselho Maestro ultrapassa 100 integrantes Amanda Brum Andrea Tornovsky Cândida Silva Claudia Vassallo Sônia Mitaini Rosenildo Gomes Ferreira Rosana Aguiar Roberta Lippi Patrícia Ávila Nêmora Reche Mauro Wainstock Mariana Trindade Culpi Maria Claudia Bacci Marco Antonio Sabino Marcelo Billi José Luis Ovando Cristina Barude
Edição 1.529 - pág. 17 ANOS Vaivém das redações REPUTAÇÃO PARA GERAR VALOR n O UOL anunciou a contratação de Daniela Lima, ex-repórter e apresentadora de GloboNews e CNN Brasil, especializada na cobertura de política e bastidores do poder. Ela passa a integrar o time de colunistas do portal de notícias, com uma coluna diária. Também participará de atrações como o UOL News e comandará um programa semanal. Mais detalhes no Portal dos Jornalistas. Daniela Lima assina com o UOL Brasília n Bruno Silva é o novo repórter do Grupo Bandeirantes no Distrito Federal. Ele estava há dois anos e meio na RedeTV como produtor e repórter e antes passou por SBT e CNN Brasil. n Marianna Gualter (marianna. [email protected]), que estava há quase um ano no Jota, está de volta à Agência Estado como repórter de Economia e setorista do Banco Central. Ela já havia passado pela publicação entre 2021 e 2024 e antes atuou por Estadão, Época Negócios e TV Cultura. Rio de Janeiro n Katy Navarro apresenta o programa Sem censura, desta semana em diante, na TV Brasil, durante as férias de Cissa Guimarães. Rio Grande do Sul n Gabriela Castro (gabrielabcastro97@hotmail. com) começou no Correio do Povo como editora assistente. Jornalista formada pela Ulbra, ela vinha atuando há alguns meses como redatora publicitária e analista de Marketing. São Paulo n Daniel Fernandes despediu-se na última semana do time da Veja e da Veja Negócios, onde estava há apenas três meses. Antes, passou por Inteligência Financeira e esteve por quase 20 anos no Estadão. n Herculano Barreto Filho deixou o UOL, onde era repórter há quase seis anos, e começou na Record TV como produtor investigativo. Antes, passou pelas redações de O Dia, Extra e TV Bandeirantes, no Rio de Janeiro. n Victória Ribeiro começou na Veja como repórter de Saúde. Ela estava há um ano e meio no Estadão, atuando na mesma editoria, e antes passou por IstoÉ Dinheiro, UOL e Fiquem Sabendo. Também é cofundadora do projeto Transfobia em Dados (TD), que tem como objetivo cobrir a temática trans no Brasil. Seu novo e-mail é o [email protected]. Daniela Lima Wanezza Soares Bruno Silva Marianna Gualter Katy Navarro Gabriela Castro Daniel Fernandes Herculano Barreto Filho Victória Ribeiro Mudou de emprego? Teve alguma movimentação ou novidade recente em sua redação? Envie a sugestão para nós pelo [email protected].
Edição 1.529 - pág. 18 ANOS Comunicação Corporativa n Faltam menos de 20 dias para o encerramento das inscrições para a edição 2025 do Prêmio Jatobá PR. O prazo final é 30 de setembro. u Este ano a premiação conta com 42 categorias, sendo 12 exclusivas para Grandes Agências, 12 para Agências-Butique, 12 para Organizações Empresariais e Públicas, 5 para América Latina/América Espanhola e 1 dedicada à COP30, aberta a todo o mercado. u Além das categorias regulares, o Jatobá premia Cases do Ano e Organizações do Ano, nas quatro verticais, e Cases Regionais, abrangendo as 5 regiões do País. São, no total, 55 troféus a serem entregues na noite de 1º de dezembro, no jantar de premiação, que será novamente realizado no Renaissance Hotel, em São Paulo. u No início desta semana, o Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom) divulgou a Comissão de Julgamento escalada para analisar os trabalhos de 2025, com 102 jurados, sendo 64 mulheres e 38 homens; e 76 profissionais de São Paulo e 26 de outras regiões. Em relação às atividades que exercem, 23 são das áreas de comunicação das empresas, 24 de grandes agências, 18 de agênciasbutique, 23 de outras instituições (mercado, academia e redações) e 14 consultores independentes. Confira aqui. u Inscrições: clique aqui. Últimas semanas para inscrições ao Prêmio Jatobá PR Alagoas n Adônis Matos, analista sênior, deixou em agosto a Darana RP, em Salvador, após 2 anos e 3 meses de casa, e seguiu em setembro para Maceió, para atuar na ONU – Habita Brasil, no cargo de analista de comunicação. Brasília n Nathália Sirnes começou em maio como analista na Torre Comunicação, na Capital Federal, em atuação híbrida, após jornada de 3 anos de Ideal Axicom, em São Paulo. Ela foi por 2 anos e 8 meses da Oficina Consultoria. Mato Grosso do Sul n Janaína Ivo está de volta à liderança da comunicação do Museu do Videogame Itinerante, após jornada de 4 anos no Grupo Energisa, onde atuava como business partner de comunicação corporativa. Regressou em setembro, em tempo de participar das celebrações dos 15 anos de vida da instituição. Rio de Janeiro n Cristiane Boechat, gerente de atendimento, que deixou a Factual Comunicação em fevereiro, após 23 anos de casa, começou em agosto como especialista sênior de novos negócios na Approach. n Sarah Soares foi efetivada em junho como assistente de comunicação na Approach, após cumprir 11 meses de estágio na agência. Rio Grande do Sul n Maria Sossmeier, executiva sênior, despediu-se em agosto da Edelman, em São Paulo, após pouco mais de 2 anos de casa, e seguiu para a Ggbplast, em Caxias do Sul, contratada como head de marketing e comunicação. Outras agências em que atuou foram Secco Consultoria, Planin, Grupo Printer e ADS. Adônis Matos Nathália Sirnes Janaína Ivo Cristiane Boechat Sarah Soares Maria Sossmeier
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