Jornalistas&Cia 1382

Edição 1.382 página 23 Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você temalguma história de redação interessantepara contar mande para [email protected]. n A história A imprensa na época dos dinossauros, de Luiz Roberto de Souza Queiroz, que reproduzimos na edição 1.381, também publicada no grupo eXtadão do Facebook, levou outros colegas a mencionarem casos semelhantes, que transcrevemos a seguir. “Na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, eu e os demais jornalistas do resto do mundo passávamos as matérias por telex. Eu, cuidadoso, datilografava a matéria e, depois, fazia a fita, porque, se deixasse por conta das moças norte-americanas do Comitê Olímpico, sairia com muitos erros, porque elas nada entendiam de Português. Já os repórteres do Los Angeles Times e do The New York Times levavam uma maletinha (que depois seria chamada de laptop) para os estádios, escreviam a matéria, acoplavam a maletinha no assento da cabine de imprensa e passavam diretamente o texto para a redação. Já era uma espécie de internet. Por aqui, a internet só chegaria em 1996. Os russos também tinham uma geringonça instalada no Centro de Imprensa e passavam os textos diretamente para Moscou. Mas não tinham a maletinha. Tinham de ir aos estádios e voltar para o Centro de Imprensa.” – Adelto Gonçalves “Uma pernambucana do agreste, mulher lutadora e corajosa, migrou para São Paulo, foi ser faxineira no Estadão e, porreta que era, disse que não tinha problema em trabalhar sozinha, no turno da madrugada. Já na primeira noite ela limpava a cabine dos telex quando uma das máquinas, ligada à França, com quatro horas de diferença de fuso horário, começou de repente, à meia-noite em ponto, a matraquear e a cuspir a tira de papel ‘cheia de letras’, dizia ela. A pernambucana não hesitou. Chamando a máquina de ‘cabra da peste’, ‘coisa do demônio’, gritou ‘esconjuro!’ e avançou de esfregão em punho, que tinha na ponta o pano bem molhado com detergente e corajosamente espancou a máquina, que não aguentou. Entrou em curto, soltou umas faíscas... e morreu, segundo ela.” – Marcelo Silveira “Como copydesk da então editora de Exterior, tive que lidar com essas longas tripas que vinham da cabine de teletipos. Lembro-me, por exemplo, que a DPA (Deutsche Presse Agentur) só fazia emissões por ondas de rádio. Era só mudar o tempo que o que se lia do que os alemães mandavam era um ‘goblidigok’ ininteligível! Por sorte, o Estadão ainda tinha Associated Press, UPI, Reuters, France Presse e Ansa (Agenzia Nazionale Stampa Associata).” – Tony da Silva Prado Adelto Gonçalves Marcelo Silveira Tony da Silva Prado Ainda os dinossauros... Jornalistas&CiaéuminformativosemanalproduzidopelaJornalistasEditoraLtda. •Diretor: EduardoRibeiro ([email protected]–11-99689-2230)•Editorexecutivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: FernandoSoares ([email protected] – 11-97290-777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Anna França ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-999151295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana ([email protected] – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro ([email protected] – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Telex

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