Jornalistas&Cia 1412

Edição 1.409 página 17 ESPECIAL DIA DA IMPRENSA Jornalismo Digital Garavello, diretor de Conteúdo. Neste momento, está em fase de ajuste fino mais uma novidade a ser lançada nos próximos meses, mas que Garavello ainda não quer adiantar. “Estamos em permanente busca de novos formatos, temas e linguagens para atender ao público, isso é uma tarefa diária de todos os profissionais da casa, inclusive os jornalistas”, afirma. Isso significa, também, consolidar a marca como produtora de conteúdo e não apenas distribuidora. Na outra ponta do mercado, estão os títulos dedicados a temas específicos, a nichos de leitores que demandam conteúdo especializado e aprofundado. Sem as barreiras de entrada do mundo analógico a impedir os profissionais de ocuparem espaços cada vez mais variados e com o aumento da produção primária de informação pelos veículos jornalísticos digitais, as perdas de postos nas redações tradicionais não deverão ser um problema por muito tempo, acreditam os editores digitais. Até porque, como diz Octavio Costa, “o jornalismo não vai desaparecer, alguém tem de ir buscar a informação e trazer para o público”. Tranquilidade quanto ao futuro da profissão sim, até mesmo um certo otimismo cabe. Mas a velha sabedoria de nossos avós ainda é uma boa conselheira: um olho no gato e outro no prato. Segundo o Reuters Institute, 72% dos editores em todo o mundo (inclusive o Brasil) estão preocupados com o desinteresse crescente do público por notícias. Motivo: cobertura de assuntos muito deprimentes (como as mudanças climáticas ou a guerra na Ucrânia). Murilo Garavello

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