#diversifica

No 1 – Pág. 2 Expediente Coordenação editorial Luana Ibelli ([email protected]) Textos e edição Fernando Soares ([email protected]) Mentoria Graciela Selaimen Apoio editorial Anna França ([email protected]) Victor Felix ([email protected]) Diagramação Paulo Sant’Ana ([email protected]) Edição Executiva Wilson Baroncelli ([email protected]) Direção Comercial Vinícius Ribeiro ([email protected]) Direção Geral Eduardo Ribeiro ([email protected]) O #diversifica é um hub multiplataforma de conteúdo para Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) da Jornalistas Editora. Apoiam esta iniciativa: Ajor (Associação de Jornalismo Digital), ICFJ (International Center for Journalists), Meta Journalism Project, Itaú, Rádio Guarda-Chuva, Imagem Corporativa, Oboré Projetos Especiais e Énois Conteúdo. Carta ao leitor * Por Luana Ibelli O#diversifica nasceu da constatação de que os principais conteúdos sobre comunicação no Brasil andavam “brancos demais”. Faltavam profissionais negros que pudessem aparecer com destaque? Não exatamente. O que faltava era trazêlos para os holofotes. A partir desse incômodo, um projeto idealizado pelo editor Fernando Soares foi submetido e selecionado pelo Programa Acelerando a Transformação Digital, e aqui estamos. Quando entrei na coordenação editorial, sugeri aumentar o escopo para debatermos Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), esse modelo que se tornou um clamor mundial por organizações mais abertas a diferentes grupos de pessoas, e mais acolhedoras para as diferenças. No jornalismo, percebemos a falta de diversidade de ponta a ponta: da redação, repleta de profissionais de ummesmo grupo social e econômico, até as pautas, que não abordam com profundidade a realidade da população, pois faltam olhares diversos para a construção das narrativas. Faz tempo que o paradigma da objetividade jornalística caiu por terra. Mas ainda que não seja viável em nosso dia a dia, ele resiste na consciência de muitos colegas que acreditam serem neutros e imparciais, quando na realidade apenas reproduzem uma visão hegemônica de como as coisas devem ser. Foi assim que, ao longo da minha carreira, enfrentei chefes incomodados quando meus conteúdos traziam o protagonismo de grupos vulnerabilizados. Uma pauta sobre racismo sem brancos falando? Uma reportagem sobre uma pessoa trans semmenção ao seu nome de registro? Essas abordagens eram “coisa de militante”, e não de jornalista. Hoje, o #diversifica vem cheio de Subjetividades, assumindo lados para mostrar que a transformação do jornalismo a partir da diversidade não só é legítima, como também urgente. A crise da nossa profissão, que luta para ter credibilidade junto ao público, não é só de formato, mas também de reconhecimento. A população, diversa, precisa se ver em nossos conteúdos. Nossos colegas, diversos, precisam ser acolhidos em suas diferenças para que possam ser os melhores jornalistas que tenham a capacidade de ser. Assim avançaremos para que o jornalismo cumpra sua função primordial: ser um aliado da democracia, sem deixar ninguém para trás. Luana Ibelli

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