Jornalistas&Cia 1382

Edição 1.382 página 8 conitnuação - MediaTalks Confira os episódios em: Jairo Marques (Folha de S.Paulo) Caê Vasconcelos (UOL) Luciana Barreto (CNN Brasil) Nayara Felizardo (The Intercept BR) Luciene Kaxinawá (Amazônia Real) Erick Mota (Regra dos Terços) Manual para a mídia − Depois de fornecer orientações sobre como a mídia estatal deve noticiar a “operação especial” na Ucrânia, o governo da Rússia fez um novo manual com narrativas oficiais sobre a lei marcial declarada nos quatro territórios ucranianos anexados pelo Kremlin, demonstrando o alto grau de organização da operação de propaganda estatal. O novo documento, assimcomo os outros, foi obtido pelo site Meduza, um dos principais veículos russos independentes. A primeira das “recomendações” é “tranquilizar o público”, ou seja, a mídia estatal deve transmitir a mensagem de que “nada de significativo mudou” para os cidadãos que vivem nas regiões dominadas pelos russos. Segundo o Meduza, o objetivo da propaganda do governo de Vladimir Putin é que a imprensa aliada ao governo trace um paralelo entre a vigência da lei marcial e o combate à Covid-19 no território russo. Jimmy Lai condenado − Jimmy Lai, o famoso magnata da mídia pró-democracia de Hong Kong, recebeu uma nova condenação nessa terça-feira (25/10) que pode estender ainda mais o seu período de detenção. Preso desde 2020, Lai é o fundador do extinto jornal Apple Daily, publicação pró-democracia famosa por suas críticas ao governo chinês editada pelo grupo Next, que foi forçado a fechar em junho do ano passado. O jornalista já cumpre pena por diversas condenações relacionadas aos protestos pró-democracia que tomaram conta de Hong Kong em 2019. Agora, um tribunal o considerou culpado de fraude por operar uma empresa de consultoria na sede do jornal. Humanos e o mar − A imagem de um surfista ‘lutando’ debaixo d’água com uma onda gigante em Teahupo’o, no Taiti, valeu o prêmio de fotografia do Oceano do Ano 2022 para o francês Ben Thouard. A foto, escolhida por unanimidade pelo júri do Ocean Photography Awards, é um exemplo da conexão dos seres humanos com o mar em um dos esportes mais populares e desafiadores do mundo. O prêmio tem uma categoria – Conexão Humana: Pessoas e Planeta Oceano – dedicada a mostrar vários momentos da interação do homemcomomar, também presentes em outras categorias do concurso. Veja as melhores imagens. Carcereiro de jornalistas − Um mês após o início dos protestos pela morte da jovem Mahsa Amini, o Irã se tornou o terceiro país que mais prende jornalistas no mundo. Segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), a nação do Oriente Médio só fica atrás da China e de Mianmar. Ao menos 41 jornalistas já forampresos desde que as manifestações populares começaram − o que, de acordo com os dados da RSF, é um número sem precedentes nas últimas duas décadas no país. Entre os profissionais de imprensa detidos está Nilufar Hamedi, do jornal Shargh, um dos primeiros a divulgar a história de Amini. A mulher de 20 anos foi morta após ser presa por estar usando o tradicional véu (hijab) de forma considerada incorreta pela polícia da moralidade. Segunda proibição − Pela segunda vez em três meses, a fotojornalista Sanna IrshadMattoo foi impedida pelas autoridades da Índia de voar para o exterior e perdeu a chance de receber em mãos o prestigiado Prêmio Pulitzer, entregue em 20/10, em Nova York. Mattoo denunciou no Twitter que foi impedida de deixar o país por funcionários da imigração do Aeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Délhi. Ela dividiu o Pulitzer de Fotografia Especial (Feature Photography) deste ano com outros três fotógrafos da Reuters, incluindo Danish Siddiqui, quemorreu emuma emboscada do Talibã, em 2021. O grupo retratou os impactos da pandemia de Covid-19 na Índia. Esta semana em MediaTalks Ben Thouard

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